Naquele dia, ela tinha tudo para ser a mesma. Copeira, arrumadeira, cozinheira. Provedora. Sofredora.
Naquele dia, o espelho tinha tudo para refletir a mesma imagem. Olhos tristes, boca amarga, corpo cansado.
Naquele dia, ele tinha tudo para fazer o mesmo. Acordar tarde, perambular pelos bares, voltar, almoçar, dormir a sesta. Jantar. Beber. Bater.
Aquele dia tinha tudo para terminar igual. Sexo apressado. Ronco pesado.
Mas...
Naquele dia, ela não foi a mesma, ele não fez o mesmo.
Aquele dia virou noite. E foi parar nos jornais.
Naquele dia, o espelho tinha tudo para refletir a mesma imagem. Olhos tristes, boca amarga, corpo cansado.
Naquele dia, ele tinha tudo para fazer o mesmo. Acordar tarde, perambular pelos bares, voltar, almoçar, dormir a sesta. Jantar. Beber. Bater.
Aquele dia tinha tudo para terminar igual. Sexo apressado. Ronco pesado.
Mas...
Naquele dia, ela não foi a mesma, ele não fez o mesmo.
Aquele dia virou noite. E foi parar nos jornais.
Uma resenha policial????????? mas numa linguagem de conto literário...........penso até que poderia ser letra de uma música, porque não????????
ResponderEliminarOi Tânia,
ResponderEliminarSeus contos são ótimos. Mas sobretudo esse é muito bom. Ele é estranhamente belo. Gosto muito de seu estilo: poucas explicações, grandes significados.
Concordo com o comentário de que poderia sr música. O conto tem um "ritmo", uma musicalidade. Muito bom.
Rodrigo Duarte
Oi, Rodrigo! Oi, Rudolfo! Deixo aos dois a tarefa de musicalizar o conto, pois os dois devem ter alma de músicos, quando nada um bom ouvido musical. Bom ter como leitores gente com alma de artista. Um abraço aos dois.
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